Acompanhamento ambulatorial de recém-nascidos prematuros em um hospital público de Minas Gerais de 2008 a 2010
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v13i3.533Resumo
Objetivos: Descrever as características de bebês prematuros acompanhados em um programa de follow-up ambulatorial, com a Fisioterapia, em um hospital público de Minas Gerais. Método: Foi realizada a avaliação de 261 prontuários de bebês atendidos no ambulatório nos anos de 2008 a 2010. Os critérios de inclusão foram bebês prematuros que realizaram pelo menos 3 consultas ambulatoriais por ano, sem abandonarem o acompanhamento. Foi realizado um estudo descritivo-qualitativo com estes bebês. Resultados: Foram encontrados 255 bebês prematuros, sendo 47% prematuros extremos; 51% baixo peso ao nascer, 71% adequados para idade gestacional. 78,4% apresentaram complicações respiratórias diversas logo após o nascimento; 70,6% apresentaram sofrimento fetal agudo; 62% apresentaram algum grau de hemorragia intracraniana. Cada bebê realizou uma média de 3,7 consultas por ano com a Fisioterapia e apenas 19,2% destes necessitaram de encaminhamento para tratamento sistemático. Conclusão: Novas tecnologias possibilitaram uma maior sobrevida dos bebês prematuros, porém, sem diminuir suas morbidades. Portanto, o número de crianças com alterações no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) é crescente. O acompanhamento clínico destes bebês permite a detecção precoce de alterações no desenvolvimento, a orientação familiar adequadamente ou, em alguns casos, o encaminhamento para o tratamento sistemático.
Palavras-chave: recém-nascido, prematuro, seguimento ambulatorial, desempenho psicomotor, fisioterapia.
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