Avaliação da dor em recém-nascidos pré-termo submetidos í estimulação sensório-motora
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v13i5.563Resumo
Introdução: Durante muitos anos os neonatos eram considerados incapazes de perceber seu meio ambiente e participar de interações significativas. Também existia a crença que recém-nascidos (RNs) não eram capazes de ver, ouvir ou sequer experimentar a dor. Objetivo: Avaliar a presença de dor durante estimulação sensório-motora em recém-nascidos pré-termo (RNPT). Métodos: O estudo, realizado entre junho e outubro de 2009, incluiu RNPT com idade gestacional ≤ 37 semanas, com peso adequado ou não para a idade, os quais foram submetidos í estimulação sensório-motora, uma vez ao dia, durante cinco dias consecutivos. Resultados: Houve correlação linear significativa e negativa entre a idade gestacional corrigida dos RN e a pontuação na escala de dor Neonatal Infant Pain Scale (NIPS) (teste de correlação linear de Spearman, p = 0,046; r = -0,3732) e entre o peso dos RN e a pontuação na escala de dor NIPS, durante a intervenção sensório-motora (teste de correlação linear de Spearman, p = 0,002; r = -0,535). Da mesma forma, houve correlação linear significativa e negativa entre a idade gestacional dos RNs e a pontuação na escala de dor NIPS, (teste de correlação linear de Spearman, p = 0,006; r = -0,488). Conclusão: A intervenção precoce não foi desencadeante de estímulos dolorosos, porém houve presença de certo desconforto a alguns tipos de estimulação.
Palavras-chave: dor, recém-nascido, estimulação sensório-motora.
Â
Referências
Bassetto MCA, Brock R, Wajnsztejn R. Neonatologia: Um convite à atuação fonoaudiológica. 1a ed. São Paulo: Lovise; 1998.
Valle BM. Informação em saúde no pré e pós-natal a mães de prematuros e a proposta de um manual de orientações [TCC]. Paraná: Faculdade de fisioterapia, Universidade Estadual do Oeste do Paraná; 2005.
Dimerstein A, Brundi MM. El dolor en el recién nacido prematuro (Argentina). Rev Hosp Mat Inf Ramón Sarda 1998;17(3):97-192.
Sarmento GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crÃtico: rotinas clÃnicas. São Paulo: Manole; 2005.
Potter PA, Perry AG. Fundamentos de Enfermagem. 6a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
Gaspary LV, Rocha I. Intervenções não farmacológicas para o alÃvio da dor em recém-nascido prematuro. Nursing 2004;79(7):47-50.
Lawrence J, Alcock D, McGrath P, Kay J, MacMurray SB, Dulberg C. The development of a tool to assess neonatal pain. Neonatal Netw 1993;12(6):59-66.
Shott S. Statistics for health professionals. London: Saunders; 1990.
Linhares MBM, Carvalho AEV, Machado C, Martinez FE. Desenvolvimento de bebês nascidos pré-termo no primeiro ano de vida. Paidéia 2003;13(25):59-72.
Gaiva MA. Dor no recém-nascido: prática e conhecimentos atuais. Pediatria Moderna 2001;37:155-65.
Wolf MJ, Koldwijin K, Smit B, Hedlung R, Groot IJM. Neurobehavioral and developmental profile of very low birth weight preterm infant in early infant. Acta Paed 2002;91:930-8.
Espinosa AG, Mendonza AR. Dolor em recién nascidos. Acta Pediatr Mex 1997;18(2):94-5.
Behrman R, Kliegman R, Arvin A. Tratado de pediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997. p. 174-187.
Baratta SE. Siente dolor el recién nacido?. Arch Arg Pediatr 1993;1(91):181-85.
Cameron EC, Raingangar V, Khoori N. Effects of handling procedures on pain responses of very low birth weight infants. Pediatr Phys Ther 2007;19(1):40-7.
Vieira M. Dor neonatal, 2006. [citado 2007 out 3]. DisponÃvel em: URL: http://www.paulomargotto.com.br
Klaus MH, Kennelle JH, Klaus PH. VÃnculo: construindo as bases para um apego seguro e para a independência. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000.
Guinsburg R, Balda RC, Berenguel RC, Almeida MFB, Tonelloto J, Santos AMN et al. Aplicação das escalas comportamentais para a avaliação da dor em recém-nascidos. J Pediatr 1997;73(6):411-418.
Guinsburg R. Avaliação e tratamento da dor no recém-nascido. J Pediatr 1999;75(3):149-60.
Lanza F. Avaliação da dor do recém-nascido pré-termo durante a atuação da fisioterapia. Interfisio; 2002.
Scochi CGS, Riul MJS, Garcia CFD, Barradas LS, Pileggi SO. Cuidado individualizado ao pequeno prematuro: o ambiente sensorial em unidade de terapia intensiva neonatal. Acta Paul Enferm 2001;14(1):9-16.
Valentini N. A influência de uma intervenção motora no desempenho motor e na percepção de competência de crianças com atrasos motores. Rev Paul Educ FÃs 2002;16(1):61-75.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
