Correlação entre fleximetria e goniometria radiológica para avaliações da amplitude articular estática do cotovelo

Autores

  • Rodrigo Luis Ferreira da Silva UEPA

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v12i5.939

Resumo

Este estudo objetivou determinar o grau de confiabilidade intra e interexaminador de avaliações realizadas por meio de fleximetria, e o seu grau de correlação com avaliações realizadas por goniometria radiológica. 10 indiví­duos tiveram seu cotovelo direito estabilizado por chapas de ferro em ângulo fixo, que foi mensurado por 04 fisioterapeutas, com o uso de um flexí­metro, em 3 dias diferentes com intervalo de uma semana entre os mesmos. Após estas avaliações, os cotovelos foram radiografados, com o mesmo ângulo estabilizado, para análise pela goniometria radiológica. Estas medidas apresentaram baixa confiabilidade intraexaminador (0,23; p = 0,00) e interexaminador (0,38; p = 0,04). As medidas obtidas pela fleximetria apresentaram melhores resultados na análise da confiabilidade interexaminador do que intraexaminador, fato este que possivelmente foi influenciado pelo longo intervalo de tempo entre as avaliações (7 dias). Observou-se também baixa correlação entre a fleximetria e a goniometria radiológica (r = 0,10) corroborando com inúmeros outros estudos. O teste t indicou ainda que houve uma diferença significante entre as médias obtidas pelas duas técnicas (p = 0,00). Estes resultados sugerem que o intervalo de 07 dias, pode ter dificultado a reprodutibilidade das medidas pelos examinadores e que a diferença processual entre as técnicas investigadas contribuiu para a ausência de correlação entre suas médias.

Palavras-chave: goniometria articular, radiografia, articulação do cotovelo.

Biografia do Autor

Rodrigo Luis Ferreira da Silva, UEPA

., Ft., M.ScProfessor efetivo da UEPA

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Publicado

2017-05-20

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Seção

Artigos originais