Variação de teor de compostos fenólicos totais em diferentes tipos de café processados

Authors

  • Alice Virginia Araujo Braga Centro Universitário Estácio da Bahia
  • Suzana Furquim de Almeida Fael Centro Universitário Estácio da Bahia
  • Laise Cedraz Pinto UFBA

DOI:

https://doi.org/10.33233/nb.v16i2.878

Abstract

O café apresenta varios componentes como os compostos fenólicos que são responsáveis por diferentes ações biológicas, incluindo as propriedades antioxidantes. Considerando que a quantidade de fenólicos em cafés comercializados pode variar conforme o cultivo dos grãos, variedades e processo tecnológico empregado, o objetivo deste estudo foi quantificar os compostos fenólicos totais presentes em diferentes marcas e tipos de café comercializados em Salvador/BA. As amostras foram compostas por café moí­do de três marcas diferentes (A, B e C) dos tipos: tradicional, descafeinado e solúvel. Os fenólicos totais foram determinados por redução do Folin-ciocalteu e o ácido tânico foi utilizado como padrão analí­tico. Dentre as amostras do tipo tradicional e solúvel, a marca C apresentou uma maior quantidade de compostos fenólicos (5995,1 mg% e 19703,4 mg%, respectivamente). Dentre as amostras do tipo descafeinado, a marca B apresentou uma maior quantidade desses compostos (3570,0 mg%). As amostras do tipo descafeinado e solúvel apresentaram, respectivamente, menor e maior teor de fenólicos quando comparadas às dos outros tipos. As amostras de café analisadas apresentaram riqueza em compostos fenólicos totais e o processo tecnológico empregado para obtenção dos diferentes tipos influencia na composição final do produto, especialmente relacionado às perdas ou concentração destes compostos.

Palavras-chave: compostos fenólicos, café, taninos.

Author Biographies

Alice Virginia Araujo Braga, Centro Universitário Estácio da Bahia

Graduada em Nutrição, Centro Universitário Estácio da Bahia

Suzana Furquim de Almeida Fael, Centro Universitário Estácio da Bahia

Graduada em Nutrição, Centro Universitário Estácio da Bahia

Laise Cedraz Pinto, UFBA

D.Sc., Professora adjunta da Universidade Federal da Bahia

References

Organização Internacional do Café. Relatório mensal sobre o mercado de café; 2015.

Companhia Nacional de Abastecimento. Acomp. da safra bras. Café;2:1-59.

Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária. Bahia na vanguarda da produção de cafés especiais no Brasil, Brasília, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; 2014.

Teixeira. Café faz bem à saúde? Instituto do Cérebro de Brasília. Brasília; 2008.

Sebrae. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Café gourmet e orgânico: Estudos de mercado SEBRAE/ESPM 2008. Relatório completo. Série Mercado; 2007.

Gotteland M, De Pablo VS. Algunas verdades sobre el café. Rev Chil Nutr 2007;34:1-23.

Bessa F. Café melhora o desempenho no esporte e traz benefício à saúde. Revista do Café 2014;853:33.

Abrahão SA et al. Compostos bioativos em café integral e descafeínado e qualidade sensorial da bebida. Pesq Agropec Bras 2008;43:1799-804.

Encarnação RO, Lima DR. O café e a saúde humana, p. 1-64, Brasília: Embrapa Café; 2003.

Alves RC, Casal S, Oliveira B. Benefícios do café na saúde: mito ou realidade? Quim Nova 2009;32:2169-80.

Giovanni E. Manual de viticultura: eixo produção alimentícia e recursos naturais. 1 ed. Porto Alegre: Bookman; 2014. p.253.

Vizzoto M, Krolow AC, Teixeira FC, Alimentos funcionais: conceitos básicos. Pelotas: Embrapa Clima Temperado; 2010. p.1-20.

Silva EG, Bittencourt PRS, Torquato AS. Café e seus constituintes: benefícios e malefícios para a saúde humana: Uningá Review 2013;13(1):15-26.

Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 ed. São Paulo;2008. p.1020

Andreo D, Jorge N. Antioxidantes naturais: técnicas de extração B. Ceppa, Curitiba 2006;24(2).

Rodrigues IR. Composição Química do café do Alto Vale do Jequitinhonha e Comparação dos Efeitos sub-crônicos da cafeína e café em ratos. [Dissertação]. Faculdade de Ciências Exatas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina – UFVJM; 2012.

Rodarte MP et al. Compostos não voláteis em cafés da região sul de Minas submetidos a diferentes pontos de torração. Ciênc Agrotec 2009;33:1366-371.

Terroni HC et al. Liofilização. Revista Cientifica Unilago 2013;1:271-84.

Brasil. Portaria nº 130, de 19 de fevereiro de 1999, do Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. O Regulamento Técnico referente a café solúvel. D.O.U. - Diário Oficial da União; Poder Executivo; 25 fevereiro 1999.

Marcucci CT et al. Teores de trigonelina, ácido 5-cafeoilquínico, cafeína e melanoidinas em cafés solúveis comerciais brasileiros. Quim Nova 2013;36:544-8.

Lima AR et al. Compostos bioativos do café: atividade antioxidante in vitro do café verde e torrado antes e após a descafeinação: Quim Nova 2010;33:20-4.

Inmetro. Programa de análise de produtos: relatório sobre analise do teor de cafeína em produtos descafeínados. Rio de Janeiro; 2012. p.1-19.

Abrahão SA et al. Compostos bioativos e atividade antioxidante do café (coffea arabica l.). Ciênc Agrotec 1999;34:414-20.

Azevedo, HIV. Composição química da folha e do caule de Calamintha baetica. Efeito do solvente na extração de compostos antioxidantes. [Dissertação] Bragança: Escola Superior Agrária de Bragança; 2014.

Bianchi MLP, Antunes LMG. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev Nutr 1999;12:123-30.

Published

2017-05-11

Issue

Section

Artigos originais