Efeitos de um treinamento de força aplicado em mulheres praticantes de hidroginástica
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v4i1.3583Abstract
O estudo verificou os efeitos de um treinamento de força aplicado em mulheres praticantes de hidroginástica. A amostra foi constituída por mulheres saudáveis na faixa etária de 38 a 67 anos, divididas em quatro grupos. Os grupos realizaram o treinamento duas vezes por semana, durante onze semanas. O tratamento experimental 1 consistiu na prática de hidroginástica enfatizando o
treinamento específico de força muscular com utilização de equipamento resistivo em membros inferiores (grupo1 / n = 11) ou em membros superiores (grupo 2 / n = 6). O tratamento experimental 2 também constituiu-se na prática de hidroginástica com ênfase no treinamento específico de força muscular, porém, sem a utilização de equipamento resistivo em membros inferiores (grupo 3 / n = 6) ou em membros superiores (grupo 4 / n = 11). A variável força muscular foi mensurada, em todos os grupos, antes e depois do período experimental. Para analisar os dados coletados, utilizou-se estatística descritiva e o teste t de student para amostras dependentes e independentes (p < 0,05). Os aumentos médios percentuais e absolutos da força dos músculos adutores de quadril corresponderam a 10,73% (2,5 kg) para o grupo 1 e 12,37% (2,84 kg) para o grupo 2. Para os músculos fl exores de cotovelo, os aumentos foram 14,21% (1,29 kg) para o grupo 3 e 12,16% (1,18 kg) para o grupo 4. Para os músculos extensores de cotovelo, os aumentos corresponderam a 20,71% (2,96 kg) para o grupo 3 e 28,76% (4,34 kg) para o grupo 4. Em todos os grupos musculares avaliados, os resultados mostraram diferenças signifi cativas nas situações de pré e pós-treinamento, independentemente da utilização do equipamento. Conclui-se que a hidroginástica com ênfase no treinamento de força pode constituir uma efi ciente modalidade para o desenvolvimento desta qualidade física.
Palavras-chave: hidroginástica, força muscular, treinamento contra-resistência.
References
American College of Sports Medicine. The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Med Sci Sports Exerc 1998;6:975-91.
Pollock ML, Wilmore JH. ExercÃcios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2a ed. Rio de Janeiro: Medsi; 1993.
Monteiro WD. Força muscular: uma abordagem fisiológica em função do sexo, idade e treinamento. Rev Bras Ativ FÃsica Saúde 1997;2:50-66.
Frontera WR. A importância do treinamento de força na terceira idade. Rev Bras Med Esportiva 1997;3:75-8.
Farinatti PTV, Monteiro WD. Fisiologia do esforço. In: Faria Junior AG (org). Uma introdução à educação fÃsica. Niterói: Corpus; 2000. p.47-97.
Fleck SJ, Kraemer WJ. Fundamentos do treinamento de força
muscular. 2a ed. Porto Alegre: Artmed; 1999.
Wilmore JH, Costill DL. Fisiologia do esporte e do exercÃcio. 2a ed. São Paulo: Manole; 2001.
Sova R. Hidroginástica na terceira idade. São Paulo: Manole; 1998.
Izquierdo M, Häkkinen K, Ibañez J, Garrues M, Antón A, Zuñiga A et al. Effects of strength training on muscle power and serum hormones in middle-aged and older men. J Appl Physiol 2001;90:1497-1507.
Häkkinen K, Alen M, Kallinen M, Newton RU, Kraemer WJ. Neuromuscular adaptation during prolonged strength training, detraining and re-strength-training in middle-aged and elderly people. Eur J Appl Physiol 2000;83:51-62.
Kruel LFM. Alterações fi iológicas e biomecânicas em indivÃduos praticando exercÃcios de hidroginástica dentro e fora d’água. [Tese]. Rio Grande do Sul: Centro de Educação FÃsica e Desportes, Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul; 2000.
Muller FIG, Pelissari MF, Puhlmann AC, Lima WC. Flexibilidade e força muscular em idosas praticantes de hidroginástica e
outras atividades fÃsicas. In: VI Jornada Acadêmica da UDESC,
Florianópolis, Santa Catarina, 2001;103.
Müller FIG. A treinabilidade da força muscular em idosas praticantes de hidroginástica [dissertação]. Florianópolis: Centro de Educação FÃsica e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina; 2002.
Borg G. Escalas de Borg para dor e esforço percebido. São Paulo:
Manole; 2000.
Tiggemann CL. Relação entre sensação subjetiva de esforço e diferentes intensidades no treinamento de força [Monografia].
Santa Cruz do Sul: Departamento de Educação FÃsica e Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul; 2000.
Baechle TR, Groves BR. Treinamento de força: passos para o sucesso. 2a ed. Porto Alegre: Artmed; 2000.
Taunton JE, Rhodes EC, Wolski LA, Donelly M, Warren J, Elliot J et al. Effect of land-based and water-based fitness programs on the cardiovascular fitness, strenght and flexibility of women aged 65-75 years. Gerontology 1996;42:204-10.
Madureira AS, Lima SMT. Infl uência do treinamento fÃsico no meio aquático para mulheres na terceira idade. Rev Bras Ativ
FÃsica Saúde 1998;3:59-66.
Di Masi F. Desenvolvimento de força, nas musculaturas envolvidas na extensão da articulação do joelho, em mulheres maduras, após um programa sistemático de exercÃcio aquático localizado
[Monografia]. Rio de Janeiro: Departamento de Pós-Graduação,
Universidade Castelo Branco; 1999.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of work with acknowledgment of authorship and initial publication in this magazine; Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal; Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase impact and citation of published work (See The Effect of Open Access).