Rabdomiólise e programas de condicionamento extremo

Autores/as

  • Gabriel Veloso Cunha UCB
  • Jonato Prestes UCB
  • Fabrí­cio Azevedo Voltarelli UFMT
  • Ramires Alsamir Tibana UFMT

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v16i4.1344

Resumen

A rabdomiólise é uma sí­ndrome potencialmente fatal associada a processos que culminem em lesão muscular, tais como intoxicações, doenças metabólicas e exercí­cio extenuante. Apesar de ser amplamente descrita em modalidades como o treinamento de força e endurance, são escassos os estudos relativos í  sua ocorrência nos programas de treinamento extremo. Neste artigo objetiva-se descrever a sua fisiopatologia e fatores de risco, bem como analisar os relatos de caso pertinentes encontrados na literatura, a fim de elucidar os aspectos mais associados í  ocorrência de rabdomiólise nessas modalidades. Foram realizadas buscas sem limites temporais nas bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science e Scielo, sendo selecionados, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 30 artigos para análise crí­tica integral. Foi encontrado que os principais fatores associados í  ocorrência da sí­ndrome nos programas de condicionamento extremo são condizentes com aqueles descritos nas demais modalidades esportivas. Atenção deve ser dada ao fato que o quadro tem sido descrito não somente em praticantes iniciantes, mas também com relativa frequência em atletas experientes com a atividade. Reitera-se a imprescindibilidade do acompanhamento profissional adequado e conscientização acerca dos fatores de risco e formas de prevenção.

Palavras-chave: rabdomiólise, exercí­cio, aptidão fí­sica, músculo esquelético, mialgia.

Biografía del autor/a

Gabriel Veloso Cunha, UCB

Graduando em Medicina pelo Programa de Graduação em Medicina da UCB, Brasí­lia/DF

Jonato Prestes, UCB

Departamento de Educação Fí­sica da UCB, Brasí­lia/DF

Fabrí­cio Azevedo Voltarelli, UFMT

Departamento de Educação Fí­sica da UFMT, Cuiabá/MT  

Ramires Alsamir Tibana, UFMT

Departamento de Educação Fí­sica da UFMT, Cuiabá/MT  

Citas

Bosch X, Poch E, Grau JM. Rhabdomyolysis and acute kidney injury. N Engl J Med 2009;36(1):62-72.

Scalco RS, Gardiner AR, Pitceathly RD, Zanoteli E, Becker J, Holton JL et al. Rhabdomyolysis: a genetic perspective. Orphanet J Rare Dis [Internet]. Orphanet Journal of Rare Disease 2015;10(1):51.

Panizo N, Rubio-Navarro A, Amaro-Villalobos JM, Egido J, Moreno JA. Molecular mechanisms and novel therapeutic approaches to rhabdomyolysis-induced acute kidney injury. Kidney Blood Press Res 2015;40(5):520-32.

Pearcey GEP, Bradbury-Squires DJ, Power K, Behm DG, Button D. exertional rhabdomyolysis in acutely detrained athlete/exercise physiology professor. Clin J Sport Med 2013;23(6):496-82.

Lozowska D, Liewluck T, Quan D, Ringel SP. Exertional rhabdomyolysis associated with high intensity exercise. Muscle Nerve 2015;(12):1134-5.

Chlíbková D, Knechtle B, Rosemann T, Tomášková I, Novotný J, Žákovská A et al. Rhabdomyolysis and exercise-associated hyponatremia in ultra-bikers and ultra-runners. J Int Soc Sports Nutr 2015;12:29.

Kim J, Lee J, Kim S, Young H, Suk K. Exercise-induced rhabdomyolysis mechanisms and prevention: A literature review. J Sport Heal Sci 2015;(6):1-11.

Fidler E. Sickle cell trait: a review and recommendations for training. Strength Cond J 2012;34(3):28-32.

Milne CJ. Rhabdomyolysis, myoglobinuria and exercise. Sport Med An Int J Appl Med Sci Sport Exerc 1988;6(2):93-106.

Aparicio VA, Tassi M, Nebot E, Camiletti-Moiron D, Ortega E, Porres JM, et al. High-Intensity exercise may compromise renal morphology in rats. Int J Sport Med 2013;1-6.

Tibana RA, Almeida LM, Prestes J. Crossfit® riscos ou benefícios? O que sabemos até o momento? Rev Bras Ciênc Mov 2015;23(1):182-5.

Gagliano M, Corona D, Giuffrida G, Giaquinta A, Tallarita T, Zerbo D, et al. Low-intensity body building exercise induced rhabdomyolysis: a case report. Cases J 2009;2(1):7.

Defilippis EM, Kleiman DA, Derman PB, Difelice GS, Eachempati SR. Spinning-induced rhabdomyolysis and the risk of compartment syndrome and acute kidney injury: Two cases and a review of the literature. Sports Health 2014;6(4):333-5.

Siegel AJ. Pheidippides redux: reducing risk for acute cardiac events during marathon running. Am J Med 2012;125(7):630-5.

Moeckel-Cole SA, Clarkson PM. Rhabdomyolysis in a collegiate football player. J Strength Cond Res 2009;23(4):1055-9.

Chatzizisis YS, Misirli G, Hatzitolios AI, Giannoglou GD. The syndrome of rhabdomyolysis: Complications and treatment. Eur J Intern Med 2008;19(8):568-74.

Lee EH. Ca2+ channels and skeletal muscle diseases. Prog Biophys Mol Biol 2010;103(1):35-43.

Smith MM, Sommer AJ, Starkoff BE, Devor ST. Crossfit-based high-intensity power training improves maximal aerobic fitness and body composition. J Strength Cond Res 2013;27(11):3159-72.

Knapik JJ. Extreme conditioning programs: potential benefits and potential risks. J Spec Oper Med 2015;l(15(3):108-13.

Sprey JWC, Ferreira T, Lima MV, Duarte A, Jorge PB, Santili C. An epidemiological profile of crossfit athletes in Brazil. Orthop J Sport Med. 2016;4(8):232596711666370.

Tibana RA, Almeida LM, Frade de Sousa NM, Nascimento DC, Neto IVS, Almeida JA, et al. Two consecutive days of crossfit training affects pro and anti-inflammatory cytokines and osteoprotegerin without impairments in muscle power. Front Physiol 2016;7(6):260.

Heavens KR, Szivak TK, Hooper DR, Dunn-Lewis C, Comstock BA, Flanagan SD, et al. The effects of high intensity short rest resistance exercise onmuscle damagemarkers in men and women. J Strength Cond Res 2014;28(4):1041-9.

Meyer M, Sundaram S, Schafhalter-zoppoth I. Exertional and crossfit-induced rhabdomyolysis. Clin J Sport Med 2017;7(14):1-3.

Aynardi MC, Jones CM. Bilateral upper arm compartment syndrome after a vigorous cross-training workout. J Shoulder Elb Surg 2016;25(3):e65-7.

Larsen C, Jensen M. Rhabdomyolysis in a well-trained woman after unusually intense exercise. Ugeskr Laeger 2014;16(176(25).

Hadeed MJ, Kuehl KS, Elliot DL, Sleigh A. Exertional rhabdomyolysis after crossfit exercise program. Med Sci Sport Exerc 2011;43(5):224-5.

Publicado

2017-11-16