O treinamento funcional na infância: o que pensam os pais e as crianças?

Autores/as

  • José Luiz de Oliveira Marin UCDB
  • Gildiney Penaves de Alencar UFMS https://orcid.org/0000-0002-5177-495X
  • Leonardo Emmanuel Medeiros Lima UAM
  • Cauê Vazquez La Scala Teixeira FPG
  • Ariane Silva UCDB

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v18i1.2759

Palabras clave:

criança; exercício físico; educação física e treinamento

Resumen

Diversos fatores presentes na sociedade moderna têm contribuí­do para o aumento do comportamento sedentário entre crianças. Em contrapartida, cresce o número de crianças engajadas em programas pontuais de exercí­cio fí­sico, como o treinamento funcional. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi verificar e analisar a opinião dos pais e das crianças sobre a prática do treinamento funcional na infância. Dois grupos de voluntários, um composto de 10 crianças de 5 a 12 anos (8,1 ± 2,3 anos), autorizados pelos responsáveis, e outro composto por 7 adultos (responsáveis pelas crianças) foram entrevistados. Para interpretar os resultados, os dados foram agrupados em conjuntos de respostas semelhantes e os testes estatí­sticos realizados por meio do programa Graphpad Prism 6.0. Os resultados foram expressos em distribuição percentual e absoluta. O primeiro questionamento direcionado aos pais buscou entender por qual motivo colocaram o filho para praticar o Treinamento Funcional e a maior parte relatou a promoção da saúde e qualidade de vida de seus filhos (85,7%). Os pais notaram diversas diferenças comportamentais e/ou fí­sicas nos seus filhos com a prática do treinamento funcional – mudanças nas capacidades fí­sicas (71,4 %), saúde e qualidade de vida (57,2%) e alteração no corpo e estética (42,8 %). Porém, a modificação mais relatada foi referente í  sociabilização (85,7%). Em relação às crianças, percebe-se que os motivos delas estarem praticando o treinamento funcional confirmam a predominância da saúde e qualidade de vida relatada pelos pais (70,0 %). Ainda, a maioria das crianças gosta das atividades feitas nas sessões, porém não tem nenhuma preferida (60,0%), metade gosta das brincadeiras (50,0 %) e uma minoria (30,0 %) comentou que não gosta de exercí­cios. Diante dos achados neste estudo, pode-se concluir que o Treinamento Funcional parece uma estratégia interessante de exercí­cio fí­sico para crianças, sendo uma modalidade eficaz para melhorar o desenvolvimento motor e incitar a prática da atividade fí­sica desde cedo, aumentando as chances de tornar adultos mais ativos.

 

Biografía del autor/a

José Luiz de Oliveira Marin, UCDB

Graduando em Educação Fí­sica (UCDB), Estagiário na Academia FM TRAINNER

Gildiney Penaves de Alencar, UFMS

Graduado em Educação Fí­sica pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB/MS), mestrado em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e aluno regular do Programa de Pós-Graduação (Especialização) em Educação Fí­sica Escolar e Inclusiva (2018-2019) nas Faculdades Integradas de Cassilândia / Instituto de Educação e Pesquisa Alfredo Torres (FIC/IEPAT/MS), Professor de Educação Fí­sica do Quadro Efetivo da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (SEMED) lotado na Escola Municipal Professor João Cândido de Souza e Professor Tutor Presencial na Universidade Norte do Paraná - Polo Campo Grande (UNOPAR/CG) no Curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Fí­sica

Leonardo Emmanuel Medeiros Lima, UAM

Graduação Plena em Educação Fí­sica pela Universidade Bandeirante de São Paulo, Graduação em Teologia e Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pós-Graduação em Treinamento Desportivo (UGF), Pós-Graduação em Fisiologia do Exercí­cio (UGF), Pós-Graduação em Biomecânica e Avaliações (FMU), Pós-Graduação em Treinamento de Força e Musculação (Estácio de Sá); Pós-Graduação em Musculação e Condicionamento Fí­sico (Estácio de Sá), Programa de Mestrado (2015) em Motricidade Humana pela Universidade Metodista de Piracicaba, Docente na Universidade Anhembi Morumbi no curso de Educação Fí­sica, Professor convidado de cursos de pós-graduações na FMU, Estácio de Sá, Instituto de Educação e Pesquisa Alfredo Torres, ENAF, CEAT, Anhanguera, CEFIT e UNICID, Grupo de Pesquisa em Performance Humana da Universidade Anhembi Morumbi

Cauê Vazquez La Scala Teixeira, FPG

Graduação em Educação Fí­sica (FEFIS-UNIMES), Especialização em Fisiologia do Exercí­cio (CEFE-UNIMES) e em Aspectos Fisiológicos e Metodológicos Atualizados do Treinamento de Força (UNISANTA), Doutorandoem Ciências da Saúde (UNIFESP)

Ariane Silva, UCDB

Graduação Plena em Educação Fí­sica pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Pós-Graduação em Bases Fisiológicas e Biomecânicas do Exercí­cio Fí­sico (UCDB), Pós-Graduação em Dança (UCDB), Pós-Graduação em Método Pilates (UGF), Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCBD), Docente na Universidade Católica Dom Bosco no curso de Educação Fí­sica

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Publicado

2022-03-03