Influência do alongamento passivo dos músculos antagonistas no treinamento de força nas respostas neurais e na força isométrica máxima em mulheres jovens destreinadas
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i4.2761Palabras clave:
força muscular; mulheres; treinamento de resistênciaResumen
Objetivou-se investigar a influência do alongamento passivo dos músculos antagonistas previamente ao treinamento de força muscular, nas adaptações neurais e de força isométrica máxima. Onze mulheres jovens sem experiência em treinamento de força (24 ± 1,61 anos) realizaram avaliação antropométrica, corporal, eletromiográfica e isométrica máxima, depois foram submetidas a um programa de treinamento de força muscular, de seis semanas, com cargas de treino a 60%, 70%, 80% e 90% de 10 RM, com protocolos diferenciados: um grupo com treinamento de força tradicional (GTFT), um grupo de treinamento de força com alongamento passivo do antagonista (GTFc/A) e um grupo controle. Na semana seguinte do final da intervenção as voluntárias foram reavaliadas com os mesmos testes do início do estudo. Quando comparado os níveis de atividade elétrica e força isométrica máxima entre desempenho inicial com o desempenho final, o GTFT mostrou maiores resultados no pico de ação máxima em relação aos demais, tratando-se da força isométrica máxima. O grupo de treinamento de força com alongamento (GTFc/A) também apresentou maiores resultados após a intervenção, porém de maneira não significativa. Na atividade elétrica muscular não houve mudanças significativas. O alongamento passivo dos músculos antagonistas previamente aos exercícios de força, durante seis semanas, não influencia negativamente, nem de forma positiva o desempenho da força máxima, no entanto os resultados mostraram uma tendência para uma influência positiva, sendo necessários outros estudos, com maior amostra, que confirmem estes resultados.
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