A autopercepção é suficiente para predizer a aptidão cardiorrespiratória?
Artigo original - e245616 - Publicado 6 de junho de 2025
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v24i1.5616Palabras clave:
inquéritos e questionários, aptidão física, estudos transversais, teste de exercício, militaresResumen
Introdução: Este estudo investigou a validade da aptidão cardiorrespiratória autopercebida como uma ferramenta para avaliar a aptidão física de militares da Força Aérea Brasileira. Objetivos: O objetivo foi determinar a correlação entre aptidão autorrelatada e VO2máx medido objetivamente, explorando seu potencial como uma alternativa ou complemento aos métodos tradicionais. Métodos: O estudo empregou um delineamento transversal, utilizando uma amostra de conveniência de 72 Aspirantes ao Quadro de Oficiais da Força Aérea Brasileira (47 mulheres, 25 homens). Os dados foram coletados usando um questionário de autorrelato que avaliou a aptidão cardiorrespiratória percebida e um teste de corrida de Cooper de 12 minutos para medir o V̇O2máx. As análises estatísticas incluíram estatísticas descritivas, testes t, ANOVA, análise de correlação e agrupamento de k-means. Resultados: Os resultados demonstraram uma correlação positiva significativa entre aptidão autorrelatada e VO2máx, sugerindo que a autopercepção se alinha razoavelmente bem com medições objetivas. No entanto, as análises revelaram algumas discrepâncias, com potenciais vieses observados na autoavaliação em diferentes níveis de aptidão e entre gêneros. Embora a autopercepção tenha se mostrado promissora como uma ferramenta complementar, ela não foi um substituto perfeito para a avaliação objetiva. Conclusão: O estudo concluiu que a aptidão cardiorrespiratória autopercebida tem potencial como uma ferramenta de triagem de grande escala e custo-benefício para a Força Aérea Brasileira, complementando, mas não substituindo totalmente, os métodos de avaliação direta. Pesquisas adicionais com amostras maiores e mais diversas são necessárias.
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