Caracterí­sticas funcionais e fisiológicas do destreinamento – respostas hormonais e cardiovasculares

Autores

  • Michel Arias Brentano UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.33233/rbfe.v7i3.3617

Resumo

Estudos têm demonstrado que o destreinamento causa reversões nas adaptações morfológicas e fisiológicas alcançadas com o treinamento. Em um perí­odo médio/longo percebem-se ainda reduções no VO2máx, além de um aumento na ventilação, quociente respiratório e utilização de glicogênio como fonte energética. Além disso, ocorrem aumentos na freqüência cardí­aca e na pressão arterial de repouso. Paralelo às reduções no desempenho aeróbio, existe uma redução na atividade das enzimas oxidativas e expressão mitocondrial. Porém, algumas enzimas glicolí­ticas não são alteradas em indiví­duos treinadosem endurance. Em indiví­duos treinados em força ocorre uma elevação da relação testosterona x cortisol após o destreino, provavelmente pela tentativa de manutenção da massa muscular. Em atletas de endurance, os ní­veis de catecolaminas tendem a aumentar, provavelmente pela maior utilização de glicogênio como substrato.

Palavras-chave: adaptações ao destreinamento, exercí­cio fí­sico, inatividade, adaptações cardiovasculares e hormonais.

Biografia do Autor

Michel Arias Brentano, UFRGS

M.Sc., Ciências de Movimento Humano,  Laboratório de Pesquisa do Exercí­cio, GPAT, UFRGS

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Publicado

2009-12-10