Futsal como estratégia terapêutica para indivíduos com dependência química
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v20i3.3969Palavras-chave:
exercício; afeto; cognição; saúde mentalResumo
Introdução: Estudos mostram que o uso crônico de substâncias psicoativas está associado com redução na função cognitiva, além de afetar de forma negativa a regulação emocional reforçando o comportamento para o uso de drogas. Objetivo: analisar o efeito agudo de uma partida de futsal sobre o estado de humor e na função cognitiva em indivíduos toxicodependentes, atendidos no CAPS-ad. Métodos: Os participantes foram divididos em dois grupos, Grupo controle (n = 10) e Grupo futsal (n = 10). Para a avaliação do estado de humor foi utilizado à escala de humor de Brunel e o teste de cubos de Corsi para a memória de trabalho visuespacial. Resultados: Na análise intergrupos pós-intervenção, verificou-se redução dos fatores raiva (p = 0,008), depressão (p = 0,005) e tensão (p = 0,009). Já na análise intragrupos, o grupo futsal apresentou redução dos fatores raiva (p = 0,03), depressão (p = 0,007) e tensão (p = 0,01) evidenciando mudança no estado de humor. Em relação à memória operacional, houve um aumento na quantidade de blocos recordados (p = 0,0002) na análise intergrupos e intragrupo (p = 0,01) no grupo futsal. Conclusão: A realização de uma partida de futsal utilizada como uma estratégia não farmacológica no tratamento de dependentes químicos foi capaz de modular de forma positiva o estado de humor e a função cognitiva destes sujeitos. No entanto, o jogo de futsal ainda precisa ser mais estudado como opção de conteúdo em um programa de atividade física regular para o tratamento de dependentes químicos.
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