Tolerância ao exercício na tetralogia de Fallot pós-reparo: uma revisão sistemática com meta-análise
Revisão - e235576 - Publicado 18 de março de 2024
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v23i1.5576Palavras-chave:
Tetralogia de Fallot, exercício físico, cardiopáticos congênitos, fisiologia do exercícioResumo
Introdução: A tetralogia de Fallot (TOF) é a cardiopatia congênita cianótica mais prevalente, representando cerca de 10 a 15% das cardiopatias congênitas. O tratamento da TOF é feito através do reparo cirúrgico de anomalias anatômicas cardíacas. Porém, mesmo após correção completa no TOF, há diferença na capacidade cardiorrespiratória entre pessoas com TOF corrigida e seus pares saudáveis. Objetivo: Comparar a capacidade cardiorrespiratória de pessoas com e sem TOF por meio da literatura especializada. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com meta-análise registrada no Prospero sob o número: CRD42020205264. As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline via PubMed, PEDro e SciELO por meio do cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (Mesh): ((Fallot Tetralogy) AND (exercise)), sem restrições temporais ou linguísticas. Resultados: Sete estudos foram selecionados para a síntese qualitativa, 3 foram incluídos para a metanálise onde houve atenuação do consumo máximo de oxigênio (-6,56 [IC95%: -11,24; -1,89] e da frequência cardíaca máxima (-21,47 [IC95 %: -40,09; -2,85]) de pessoas com TOF corrigida em comparação com seus pares saudáveis. Conclusão: Indivíduos com TOF, mesmo após reparo cirúrgico, apresentam menor tolerância durante testes de exercício específicos.
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