Desafios metodológicos em ensaios clínicos randomizados na educação física: o design de não inferioridade
Opinião - e235604 - Publicado 5 de outubro de 2024
DOI:
https://doi.org/10.33233/rbfex.v23i2.5604Palavras-chave:
educação física, ensaios clínicos randomizados, não-inferioridadeResumo
O profissional de Educação Física, como qualquer profissional de saúde, necessita tomar decisões durante o exercício da sua atividade profissional. Essas decisões devem ser prudentes visando o maior benefício para o seu cliente. Neste contexto, os ensaios clínicos randomizados (ECR) são considerados o padrão ouro para orientar a decisão. No entanto, julgamentos equivocados podem acontecer na interpretação dos resultados de estudos clínicos de superioridade, isto porque assumem que duas intervenções são idênticas devido a ausência de diferença estatística, todavia, a falta de significância estatística não apoia a conclusão da igualdade; isto é, a ausência de evidência não é evidência de ausência. Neste cenário, uma alternativa elegante são os estudos de equivalência e não inferioridade, que devem ser utilizados sempre que uma nova intervenção tenha uma vantagem prática substancial em comparação com a antiga já estabelecida. De acordo com a estratégia metodológica, é estabelecida uma margem de tolerância para não inferioridade utilizando os limites do intervalo de confiança. Dessa forma, uma vez demonstrada a não inferioridade, ficamos mais convencidos que a intervenção trará benefício esperado para nosso cliente. Portanto, nossa proposta foi chamar a atenção para essa técnica metodológica que pode ser de grande utilidade em nossa área e que necessita ser mais explorada.
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