Análise angular da hiperextensão do joelho em pacientes hemiplégicos espásticos
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v11i3.1377Abstract
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um distúrbio neurológico grave, de suposta origem vascular, em que ocorre a interrupção (AVE isquêmico) ou extravasamento (AVE hemorrágico) do suprimento sanguíneo encefálico. Comumente a vítima irá apresentar uma hemiplegia do lado contralateral í lesão encefálica, a qual gera défi cits motores, caracterizados pela espasticidade e fraqueza muscular que poderá levar futuramente a uma hiperextensão do joelho. O objetivo principal deste estudo foi correlacionar a hiperextensão da articulação do joelho do membro inferior plégico ao grau de força muscular de isquiotibiais e í hipertonia espástica dos músculos reto femural e tríceps sural. Participaram deste estudo 15 voluntários, vítimas de AVE que apresentam hemiplegia espástica. O ângulo de extensão do joelho foi avaliado por meio da goniometria; o grau de força muscular de isquiotibiais pelo Teste Muscular Manual e a mensuração do grau de hipertonia espástica dos músculos reto femural e tríceps sural pela Escala de Ashworth Modifi cada. Por meio do índice de correlação de Pearson os resultados deste estudo demonstraram que a hiperextensão do joelho nos pacientes hemiplégicos espásticos possui correlação fraca (r = -0,10) com a fraqueza muscular dos isquiotibiais; nenhuma correlação (r = 0,05) com a hipertonia espástica de reto femural, e correlação moderada (r = 0,30) em relação í hipertonia de tríceps sural. Concluiu-se que a hiperextensão do joelho em hemiplégicos espástico está diretamente correlacionada com a hipertonia do músculo tríceps sural.
Palavras-chave: hemiplegia, espasticidade muscular, articulação do joelho.
References
Stokes M. Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000.
Umphred DA. Reabilitação neurológica. 4ª ed. Barueri: Manole; 2004.
O’Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia – avaliação e tratamento. 4ª ed. Barueri: Manole; 2004.
Ekman LL. Neurociência – fundamentos para a reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
Silva LLM, Moura CEM, Godoy JRP. A marcha no paciente hemiparético. Universitas 2005;2(3):261-73.
Davies PM. Passos a seguir – um manual para o tratamento de hemiplegia no adulto. São Paulo: Manole; 1996.
Corrêa FI, Soares F, Daniel Ventura DA, Gondo RM, Peres JÃ, Fernandes AO, Corrêa JCF. Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular encefálico. Arq Neuro-psiquiatr 2005;3(63):134-45.
Andrade MS, Fleury AM, Silva AC. Força muscular isocinética de jogadores de futebol da seleção paraolÃmpica brasileira de portadores de paralisia cerebral. Rev Bras Med Esporte 2005;5(11):281-5.
Enoka R. Bases neuromecânicas da cinesilogia. São Paulo: Manole; 2000.
Perry J. Determinants of muscle function in the spastic lower extremity. Clin Orthop Relat Res 1993;288:10-26.
Bohannon RW, Larkin PA, Smith MB, Horton MG. Relation between static muscle strength deficits and spasticity in stroke patients with hemiparesis. Phys Ther 1987:67(7):1068-71.
Nakamura R, Hosokawa T, Tsuji I. Relationship of muscle strength for knee extension to walking capacity in patients with spastic hemiparesis. Tohoku J Exp Med 1985;145:335-40.
Junqueira RT, Ribeiro AMB, Scianni AA. Efeitos do fortalecimento muscular e sua relação com a atividade funcional e a espasticidade em indivÃduos hemiparéticos. Rev Bras Fisioter 2004;3;(8):247-52.
Rose J, Gamble JG. Marcha humana. 2ª ed. São Paulo: Premier; 1998.
Rezende FB, Viana CAP, Faria JLC. Análise da hiper-extensão de joelho em pacientes hemiparéticos usando órtese para neutralização da flexão plantar. Neurociências 2006;3(14):140-3.
Lucareli PR, D’ Andrea Greve JM. Knee joint dysfunctions that influence gait in cerebrovascular injury. Clinics 2008;63(4):443-50.
Jagadamma KC, Coutts FJ, Mercer TH, Herman J, Yirrel J, Forbes L, et al. Effects of tuning of ankle foot orthoses-footwear combination using wedges on stance phase knee hyperextension in children with cerebral palsy - preliminary results. Disabil Rehabil Assist Technol 2009;(6);4:406-13.
Knutsson E. Can gait analysis improve gait training in stroke patients? Scand J Rehabil Med Suppl 1994;30:73-80.
Sutherland DH, Kaufman KR, Wyatt MP, Chambers HG, Mubarak SJ. Double-blind study of botulinum A toxin into gastrocnemius muscle in patients with cerebral palsy. Gait Posture 1999;10(1):1-9.
Andrews AW, Bohannon RW. Distribution of muscle strength impairments following stroke. Clin Rehabil 2000;1491):79-87.
Smith LK, Weiss EL, Lehmkuhi LD. Cinesiologia ClÃnica de Brunnstrom. 5a ed. São Paulo: Manole; 1997.
Kapandji AI. Fisiologia articular. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.