Estimulação elétrica neuromuscular em crianças com paralisia cerebral do tipo diplegia espástica

Autores

  • Ana Lúcia Portella Staub Hospital de Clí­nicas de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v9i4.1710

Resumo

Nos últimos anos, vários estudos propuseram a utilização da estimulação elétrica como forma de tratamento da paralisia cerebral (PC). Objetivo: Utilizando um delineamento do tipo antes e depois (within-subjects design) buscou-se avaliar os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) nas habilidades motoras de crianças com PC do tipo diplegia espástica. Material e métodos: Doze pacientes (8 do sexo masculino, média de idade 6 anos) foram avaliados antes e depois de 12 semanas de terapia utilizando EENM. As habilidades motoras foram avaliadas através da escala de função motora grossa (GMFM), parâmetros lineares da marcha e amplitude de movimento (ADM) de flexão dorsal dos tornozelos. Resultados: A diferença entre as médias dos escores da GMFM foram estatisticamente significativos (P = 0,032) quando comparados antes (73,1 ± 17,2) e depois (76,5 ± 16,3) da intervenção com EENM. Quando os pacientes foram classificados quanto í  independência para marcha, o escore da GMFM permaneceu significativo apenas nas crianças dependentes de auxí­lio para marcha (P = 0,045). O parâmetro de cadência da marcha diferiu antes e depois da EENM no grupo de crianças independentes para marcha (P = 0,030). Conclusões: Este estudo demonstrou que a EENM pode ser uma ferramenta complementar no manejo de crianças PC do tipo diplégica espástica. Os mecanismos pelos quais a EENM melhora a função motora não estão totalmente esclarecidos.

Palavras-chave: paralisia cerebral, análise de marcha, diplegia espástica, estimulação elétrica neuromuscular.

Biografia do Autor

Ana Lúcia Portella Staub, Hospital de Clí­nicas de Porto Alegre

Hospital de Clí­nicas de Porto Alegre

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Publicado

2017-12-30

Edição

Seção

Artigos originais