Sensibilidade, especificidade e eficiência dos indicadores do estado nutricional de idosos atendidos pela Estratégia de Saúde da Famí­lia

Autores

  • Antonio Carlos Leal Cortez UNIFSA
  • Paula Paraguassú Brandão UNIRIO
  • Glauber Castelo Branco Silva UESPI
  • Estélio Henrique Martin Dantas UNIRIO
  • Maria do Carmo Carvalho Martins UFPI

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v20i5.2649

Resumo

R

Objetivo: Averiguar a sensibilidade, especificidade e eficiência dos indicadores do estado nutricional de idosos. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com uma abordagem quantitativa. Foram avaliados 252 idosos assistidos por equipe da Estratégia Saúde da Famí­lia. O estado nutricional dos idosos foi avaliado a partir dos indicadores antropométricos Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Panturrilha (CP), Dobra Cutânea Tricipital (DCT), Área Muscular do Braço (AMB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB) e da Mini Avaliação do Estado Nutricional (MAN). O í­ndice kappa foi utilizado para avaliar a concordância entre os métodos de avaliação do estado nutricional de idosos, com ní­vel de significância estabelecido em p < 0,05. Resultados: Em relação ao estado de desnutrição, destacou-se a comparação do IMC vs. CMB (sensibilidade S =100%, valor preditivo negativo VPN = 100%, p = 0,001). O estado de eutrofia foi determinado utilizando os indicadores IMC vs. MAN (S = 84,4%, VPN = 71,1%, p = 0,04), bem como a do IMC vs. CMB (especificidade = 95,8%, VPN = 56%, p = 0,02). O intuito foi diagnosticar o estado de obesidade entre idosos, em relação aos indicadores IMC vs DCT, (especificidade = 82,8%, VPN= 70,2%, p= 0.06). Conclusão: Existe uma boa associação entre os indicadores, para determinar o estado nutricional de idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Famí­lia, quanto a sensibilidade e especificidade dos métodos de avaliação.

Palavras-chave: idosos, antropometria, estado nutricional.

Biografia do Autor

Antonio Carlos Leal Cortez, UNIFSA

D.Sc., Licenciatura Plena em Educação Fí­sica pela Universidade Federal do Piauí­, Pós-graduação  latu sensu  em Educação Fí­sica escolar pela Universidade Federal do Piauí­, Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Piauí­. Professor da rede básica de ensino de instituições públicas e privadas. Docente dos cursos de Licenciatura em Educação Fí­sica e do Bacharelado em Educação Fí­sica da Faculdade Santo Agostinho. Professor da Pós-graduação em Fisiologia e Treinamento Funcional da Faculdade Santo Agostinho.

Paula Paraguassú Brandão, UNIRIO

D.Sc., Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio), Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro/RJ, Laboratório de Biociências do Movimento Humano – LABIMH (UNIRIO)

Glauber Castelo Branco Silva, UESPI

Mestrado em Educação Fí­sica pela Universidade Católica de Brasí­lia, Doutorado em Educação Fí­sica pela Universidade Católica de Brasí­lia, Professor da Universidade Estadual do Piauí­

Estélio Henrique Martin Dantas, UNIRIO

D.Sc., Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências (PPgEnfBio), Doutorado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro/RJ, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Saúde e Ambiente (PSA) da Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju/SE, Laboratório de Biociências do Movimento Humano – LABIMH (UNIRIO)

Maria do Carmo Carvalho Martins, UFPI

D.Sc., Departamento de Biofí­sica e Fisiologia da Universidade Federal do Piauí­ (UFPI), Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Alimentos e Nutrição (PPGAN), Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Piauí­ (UFPI)

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Publicado

2019-10-24

Edição

Seção

Artigos originais