Investigação de enurese noturna em escolares de 4 a 9 anos de idade
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v22i4.4754Palavras-chave:
enurese; Fisioterapia; saúde da criançaResumo
Introdução: A enurese infantil caracteriza-se pela perda de urina involuntária durante uma idade em que a criança já deveria ter obtido controle, geralmente ocorre após o desfralde podendo chegar até a adolescência. Objetivo: Avaliar a frequência e causas da enurese em crianças de 4 a 9 anos de idade e traçar o seu perfil sociodemográfico. Métodos: Estudo transversal, exploratório e quantitativo, composto por amostra de 50 pais e/ou responsáveis de escolares de duas escolas do município de Rio Paranaíba/MG. Utilizou-se questionário sociodemográfico semiestruturado elaborado pelas autoras e o formulário de avaliação de enurese para verificar a procedência da queixa e histórico de saúde do escolar. Os dados foram analisados pelo programa SPSS, versão 23.0. Resultados: Verificou-se prevalência de 10% de enurese noturna, todas do sexo feminino, idade média de 5 ± 0,70 anos e estudavam na rede pública. 60% não possuíam controle miccional diurno, todas tinham episódios de perda de urina devido ao riso e não eram capazes de reter quantidade razoável de urina. Todos os pais recriminavam o quadro e a enurese incomodava a criança. Conclusão: Houve baixa incidência de enurese noturna na amostra estudada (10%), sendo maior em crianças do sexo feminino, caracterizando-a como enurese polissintomática.
Referências
Oliveira AP, Pereira VA, Bottega DC. Influências familiares no processo de psicoterapia infantil: enurese diurna e noturna - estudo de caso. Pensando Fam [Internet]. 2017 [cited 2020 Out 30];21(1):50-62. Disponível em: http://pepsic.bvsaud.org/scielo.php?script=sci_arttex&pid=S1679-49X2017000100005&Ing=pt&nrm=iso
Gomes CM, Hisano M. Anatomia e fisiologia da micção. São Paulo: Planmark; 2010. Cap 2, p.30.
Austin PF, Bauer SB, Bower W, Clase J, Franco I, Hoebeke P, et al, The standardization of terminology of lower urinary tract function in children and adolescents: update report from the standardization committee of the International Children’s Continence Society. Neurourol Urodyn 2016;35(4):471-81. doi: 10.1002/nau.22751
Fonseca EMGO, Monteiro LMC. Diagnóstico de disfunção miccional em enurético. J Pediatr 2004; 80(2):147-53. doi: 10.1590/S0021-75572004000200013
Marciano RC, Cardoso MGF, Vasconcelos MMA, Paula JJ, Oliveira EA, Lima EM. Transtornos mentais em crianças e adolescentes com disfunção do trato urinário inferior. J Bras Nefrol 2016;38(4):441-9. doi: 10.5935/0101-2800.20160070
Oliveira JR, Garcia RR. Cinesioterapia no tratamento da incontinência urinária em mulheres idosas. Rev Bras Geriatra Gerontol 2011;14(2):343-51. doi: 10.1590/S1809-98232011000200014
Blackwell CA. Guide to Enuresis: A guide to a treatment of enuresis for professionals. Bristol: Enuresis Resource an Information Center; 1979.
Latorre GFS, Barbosa RP, Lahera T, Nunes EFC. Fisioterapia na disfunção miccional infantil: revisão sistemática. Rev Ciênc Méd 2018:27(1):47-57. doi: 10.24220/2318-0897v27n1a3841
Alckmin-Carvalho F, Ferrari RA, Pereira RF, Rafihi-Ferreira R, Silvares EFMS. Efeitos do tratamento com alarme para enurese no autoconceito de crianças. Aval Psicol 2017;16(4):397-404. doi: 10.15689/ap.2017.1604.12600
Mota DM, Barros AJD, Matijasevicha A, Santo IS. Prevalência de enurese e sintomas miccionais aos sete anos na coorte de nascimentos de 2004, Pelotas, Brasil. J Pediatr 2015:91(1):52-8. doi: 10.1016/j.jped.2014.04.011
Wright AJ. Incontinência urinária diurna: uma doença crônica e comorbidade infantil. J Pediatr 2016:92(2):106-8. doi: 10.1016/j.ped.2016.01.003
Roda J, Mendes L, Figueiredo N. Enurese Risória. Acta Pediatr Port 2013:44(5):260-2. doi: 10.25754/pjp.2013.3398
Braga AANM. Relação entre estresse e disfunções do trato urinário inferior em crianças e adolescentes [Interrnet] [Tese]. Salvador: Escola Baiana de Medicina e Saúde Públic 2018. 86p. [cited 2021 Aug 10]. Available from: http://www.7.bhiana.edu.br/jspui/bitstream/bahiana/2594/1/Ana%20Aparecida%Nascimento%20Martinelli%20Braga.pdf
Rosito NC, Rosito RO, Oliveira TLS. Abordagem dos aspectos psicológicos e clínicos para o melhor entendimento da enurese. Bol Cient Pedaitr 2017;6(3):85-90. doi: 2238-0450/17/06-03/85
Ferrari RA, Alckmin-Carvalho F, Silvares EFM, Pereira RF. Enurese noturna: associações entre gênero, impacto, intolerância materna e problemas de comportamento. Psicol Teor Prát 2015:17(1):85-96. doi: 10.15348/1980-6906/psicologia.v17n1p85-96
Daibs YS, Pereira RF, Silvares EFM. Enurese: impacto em crianças e adolescentes e a tolerância dos pais. Interacao Psicol 2010;14(2):175-83. doi: 10.5380/psi.v14i2.16721
Campos RM. Gugliotla A, Ikani O, Perissinoto MC, Lúcio AC, Miyaoka R, et al. Estudo comparativo, prospectivo e randomizado entre uroterapia e tratamento farmacológico em crianças com incontinência urinária. Einstein 2013;11(2):203-8. doi: 10.1590/S1679-45082013000200012
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Tânia Aparecida Gomes, Lays Magalhães Braga, Nilce Maria de Freitas Santos, Kelly Christina de Faria Nunes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.