Fisioterapia pélvica em paciente infectada pelo vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1: Um relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v23i4.4930

Palavras-chave:

vírus linfotrópico T tipo 1 humano, bexiga urinaria neurogênica, fisioterapia pélvica

Resumo

Introdução: O vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é o agente etiológico da Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH) que faz o indivíduo apresentar comprometimentos motores, sensoriais e disfunção do trato urinário. Métodos: Paciente feminina, 58 anos, residente de Belém/PA, com diagnóstico clínico de Paraparesia espástica tropical associada ao vírus linfotrópico de células T humana tipo 1 (HTLV-1) e doença de Parkinson, apresentava quadro disfuncional de bexiga neurogênica e realizou 10 sessões de um protocolo fisioterapêutico. Resultados: O protocolo de intervenção afetou positivamente na qualidade de vida da paciente, havendo diminuição nos valores de escore de 6 domínios avaliados pelo questionário King 's Health e nos sintomas urinários relatados pela paciente. Conclusão: Os resultados sugerem que a fisioterapia pélvica é uma opção viável na melhora da qualidade de vida de pacientes com bexiga neurogênica.

Biografia do Autor

Clicia Raiane Galvão Ferreira, Universidade Federal do Pará

Universidade Federal do Pará, Bélem, PA, Brasil

Wenderk Martins Soares, UFPA

 Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

Ana Beatríz Coutinho Sousa, UFPA

Universidade Federal do Pará,Belém, PA, Brasil

Elizabeth Bonfim Bernardo, UFPA

Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

Cibele Nazaré Câmara Rodrigues, UFPA

Fisioterapeuta, Doutora em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

 

Denise da Silva Pinto, UFPA

Fisioterapeuta, Doutora em Doenças Tropicais, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil

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Publicado

2022-08-13

Edição

Seção

Caderno Uro-ginecologia